É bom saber o que recrutadores de RH – Recursos Humanos – responsáveis pelos processos seletivos esperam de um candidato: boa comunicação; criatividade e inovação; capacidade de resolver problemas; organização e planejamento; respeito pela diversidade e trabalho em equipe.
Uma boa comunicação – verbal, não verbal, capacidade de argumentação – é fundamental e isso pode ser observado em todas as etapas do processo, desde a elaboração do currículo, até as entrevistas e possíveis dinâmicas de grupo que precedem a contratação em algumas empresas.
A criatividade e inovação, geralmente é medida quando o candidato tem que lidar com situações inesperadas, algo comum no dia a dia de uma empresa. Capacidade de improvisação, jogo de cintura e conhecimento são importantes para se sair bem.
A capacidade de resolver problemas está ligada ao item anterior, no qual entra novamente o jogo de cintura e o improviso. Ganha pontos o profissional tranquilo, que consegue manter a serenidade e a cabeça fria para obter a solução desejada.
A organização e o planejamento devem fazer parte do cotidiano do possível empregado, de forma a agilizar os processos desentravando-os. Mas isso não quer dizer ser engessado em planejamentos rígidos. Há uma série de plataformas atuais (como o Trello) que auxiliam bastante e oferecem boas possibilidades de se organizar de forma fácil e flexível.
O respeito pela diversidade é um item que se tornou da mais absoluta importância de uns anos para cá, ganhando maior notoriedade em 2020, depois dos acontecimentos nos EUA que originaram as manifestações "Black Lives Matter", aqui "Vidas pretas importam". Mas a diversidade vai bem mais além da cor. É relativa ao respeito às minorias como mulheres, obesos, gays, trans, ou seja, em relação à sigla LGBTQIA+. Hoje há até mesmo empresas que treinam o RH das companhias para saber como lidar com esse público, uma vez que ainda é novidade no Brasil, especialmente no ambiente corporativo.
Já o trabalho em equipe é a capacidade de um profissional conseguir trabalhar em parceria, dividindo informações e ideias. Ninguém quer trabalhar em uma equipe na qual algum indivíduo guarda informações e estratégias só para si, com o intuito de se sobressair sobre os demais.
Currículo separado, vamos ao processo de seleção
Parabéns! Você foi avisado por e-mail, WhatsApp ou por telefone que seu currículo foi escolhido e você venceu a primeira etapa do processo de seleção.
E agora? Agora é necessário manter a cabeça fria e a calma. As demais etapas, muitas das quais permanecem em formato virtual por conta do isolamento social, vão acontecer, mas a pressa é sempre do candidato e é normal sofrer uma certa ansiedade em relação a isso. Nessa e em todas as etapas é importante se manter discreto e não lotar a caixa de e-mails ou o WhatsApp do recrutador perguntando quais e quando serão as próximas dinâmicas, se você não foi esquecido, etc... Além de contraproducente (você demandará tempo do recrutador para ler sua mensagem e, mesmo que ele não te responda, perdeu um tempo precioso, que poderia ter sido usado para agilizar o processo de seleção).
Em entrevistas virtuais, por meio de ferramentas como o Zoom ou FaceTime, valem todos os conselhos que você certamente já leu, desde a roupa que vai usar até o linguajar que utilizará (e aqui entra aquele primeiro item, o da comunicação). Se você está aqui no Carreira Fashion, com certeza sabe que a apresentação pessoal conta muito. Então, mesmo remota, tente fazer a entrevista com peças de cima adequadas (as que aparecem na câmera – e cuidado para não levantar com a câmera ligada se não estiver vestindo nada mais que lingerie como peças de baixo – lembra do vídeo do juiz, vestido de toga e cueca olhando no celular? Pois é, viralizou e você não quer e nem deve fazer parte desse time), cabelos bem penteados e naturais e, no caso das mulheres, uma maquiagem discreta.
Durante todo o processo de seleção – desde a entrega do currículo, as entrevistas, dinâmicas e eventuais testes, até a obtenção da vaga anunciada – há um longo processo a percorrer, que costumava, antes da pandemia, levar até três ou 4 meses. Hoje, boa parte do processo se dá por meio de plataformas específicas e esse prazo acabou encurtando. Recentemente numa live, uma gerente de RH da Renner disse que depois que incluíram plataformas específicas para o processo seletivo, ele encurtou de três meses para 45 dias. Apesar da tecnologia ter ajudado neste sentido é preciso muita paciência, pois nem todas as empresas costumam ter a delicadeza de avisar a um candidato previamente selecionado se ele continuará nas etapas seguintes, gerando ansiedade e aflição. Convém se manter calmo e para isso tudo é válido: práticas de meditação, de exercícios físicos, leitura de livros com mensagens edificantes ou de autoajuda. Lembre-se que, se chegou até aqui, tem excelentes possibilidades de obter uma boa colocação. Força!
Por: Marta De Divitiis